Born in a small town in Pará, Melk doesn't even remember when he started having Vitiligo, after all he was only 4 years old.
He was a victim of a lot of prejudice at school, with his friends giving him all sorts of nicknames and his colleagues parents, keeping them away from him saying they were going to get that disease.
As a teenager, vitiligo affected him even more. "I became a wild animal, I had depression, I didn't want to go out or take a picture", he recalls. It was then that I decided to channel that pain with professional fighting. "I wanted to beat up everyone who made fun of me."
He moved in with his sister, who was instrumental in his acceptance process. She introduced him to her friends who, surprisingly, didn't care about his Vitiligo. This made him improve his social skills.
As a professional fighter, Melk had to train without a shirt and take pictures, and this helped his situation, too. "This helped me break my own prejudice and I was learning to deal with my skin."
"I understood that first I needed to heal from the inside. I understood that I am a normal person and I threw the medicine in the trash", he recalls. "And, look, today I use my image to help the kids.”
Nascido em uma cidade pequena do Pará, Melk nem se lembra de quando começou a ter Vitiligo, afinal ele tinha apenas 4 anos.
Ele foi vítima de muito preconceito na escola, mas, mais do que sofrer com os amiguinhos lhe dando apelidos, sofria mais com os pais dos colegas, que os afastavam dele dizendo que iam pegar aquela doença.
Na adolescência, o Vitiligo o afetou mais ainda. "Virei um bicho do mato, tive depressão, não queria sair ou tirar foto", lembra. Isso na época em que os amigos saíam para festas e para namorar. Foi então que resolver canalizar essa dor com a luta. "Queria bater em todo mundo que tirasse sarro de mim."
Ele foi morar com a irmã, que foi fundamental em seu processo de aceitação. Ela lhe apresentava seus amigos que, surpreendentemente, não ligavam para suas manchas. Isso fez com que ele melhorasse seus vínculos afetivos.
Na luta, a situação foi melhorando também, pois Melk tinha que treinar sem camisa e tirar fotos. "Isso foi quebrando o meu próprio preconceito e fui aprendendo a lidar com a minha pele."
"Entendi que primeiro eu me curei por dentro, entendi que eu sou normal e taquei os remédios no lixo", lembra. "E, olha só, hoje eu uso a minha imagem para ajudar a molecada."